Verde é o nome do vinho – e não pela
sua cor -, que não é verde, mas, por
ser um vinho que deve ser bebido jovem, sem que amadureça; portanto,
verde como oposto de maduro, num
entendimento comum aos portugueses, quanto aos seus vinhos. Esta é
uma versão que cerca o vinho verde.
Outra existe.
O nome Verde é a evocação da região
verdejante onde esse vinho é produzido, uma zona litorânea conhecida
como Costa Verde, ao norte da cidade do Porto, isto na região do Minho,
situada ao norte de Portugal, que, segundo alguns autores, possui muitas
características em comum com a nossa maior produtora de vinhos, a Serra
Gaúcha.
Versões a parte, vamos ao Vinho. Leve
e de elevada acidez – dois elementos
de sua essência -, e, logo, extraordinariamente refrescante, com baixo teor
alcoólico – nem todos, já que, alguns
chegam a ter graduação alcoólica
de até 13% -, o Vinho Verde é vinho
branco, rosado e tinto. Este último,
não o vejo por aqui.
Elaborado a partir de algumas variedades autóctones locais, como,
Arinto, Trajadura, Loureiro, Avesso,
e outras, para Verde branco, os mais
reputados são os da casta branca Alvarinho – reconhecível por seu apreciado frutado e aroma.
Na elaboração do Verde tinto – com
a natural adstringência -, as uvas autóctones são, Trincadeira, Pedral, Vinhão e outras. Sua comercialização,
especialmente para fora de Portugal,
é pouco expressiva em relação ao Verde branco.
Qual seja o seu estilo, branco, rosado
ou tinto, o Vinho Verde não deve ser
guardado. É vinho para ser bebido jovem, como impõem essa jovialidade,
sua refrescância e o indissociável e
ligeiro toque frisante.
A relação do Vinho Verde com a gastronomia o coloca como ótimo parceiro para os frutos do mar in natura
(ostras e mariscos), polvo, camarão,
e pratos com elevada untuosidade.
Com sardinhas na brasa, essa relação
gastronômica é considerada de excelência.
Essa relação pode, sim, ser mais ampla, incluindo pratos leves da cozinha
mineira (canjiquinha, frango com
quiabo, por exemplo), queijos azuis,
pratos da cozinha oriental, pratos picantes, risotos de frutos do mar.
OUTONO E OS VINHOS
Temperaturas amenas e noites mais
frescas, assim é o Outono, que já
chegou. Com essas características, a
Estação abre-se mais para os vinhos
tintos, preferencialmente de corpo
médio para cima. Naturalmente, sem
descartar brancos de bom corpo, o
que aponta para Chardonnay, Viognier e Sémillon.
Também rosados ou rosés, igualmente de bom corpo e os espumantes
mais complexos, além de vinhos fortificados. A lista, portanto, é longa,
criando um universo de opções na
hora de escolher.
Tim, tim